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Intercâmbio: 10 coisas que você precisa saber antes de deixar que seu filho faça

Os pais reconhecem que deixar seus filhos adolescentes e jovens vivenciarem a experiência de um intercâmbio no exterior tornou-se uma exigência.
Mas o que fazer quando a razão se choca com a emoção e surge o medo e a ansiedade de vê-los sozinhos, tão longe de casa?

Sandra Gabrielli, consultora em Educação Internacional e sócia-diretora da Canadá Intercâmbio ABC (Intercan), dá dicas do que os pais devem fazer para se sentirem mais seguros e confiantes durante essa fase.

1 – Analise suas razões e emoções.

“Ninguém melhor do que você, como mãe ou pai, para saber se seu filho tem maturidade suficiente para enfrentar as situações”, diz Sandra Gabrielli. “Mas faça uma análise sincera e ponderada. Não se deixe levar apenas pelo medo ou pela ansiedade de separação e, assim, impedir que seu filho desfrute de uma oportunidade que pode ser decisiva no seu futuro pessoal e profissional”.

2 – Certifique-se de que seu filho quer e tem maturidade para fazer um intercâmbio.

“É fundamental que o adolescente ou jovem sinta-se preparado para viver essa experiência, de forma a aproveitá-la integralmente. A decisão sobre intercâmbio precisa ser tomada em conjunto pela família”, observa a consultora Sandra.

Quando a filha Gabrielle Lima Balestra, na época com 13 anos, disse que queria fazer um intercâmbio, a mãe Eliane Balestra sentiu que já era o momento adequado. “Apesar da pouca idade, a Gabrielle é madura, responsável e muito determinada. O receio sempre existe, mas achamos que ela tinha condições de passar por essa experiência sozinha. A família toda apoiou, até o irmão caçula”.

Já Elenilde Oliveira precisou de dois anos para amadurecer a ideia. Sua filha Caroline Oliveira queria fazer intercâmbio desde que tinha 15 anos. Agora, que ela está com 17 anos, a mãe concordou. “Ela estava sentindo a necessidade de experimentar essa independência e de aprimorar o inglês. Creio que foi a decisão certa vivenciar essa fase antes que ela entrasse numa faculdade”. Sandra recomenda que os pais conversem com os filhos, abordando os diferentes focos dessa situação, para ter certeza de que eles estão conscientes de todas as implicações envolvidas. “Seu filho precisa estar ciente de que haverá espaço para a socialização e diversão, mas o intercâmbio é principalmente um investimento que os pais estão fazendo e que deve trazer resultados para o futuro”.

3 – Se achar necessário, opte por um intercâmbio mais curto como experiência inicial.

Essa foi a opção de Elenilde. Sua filha Caroline desejava logo de início passar seis meses no exterior. “Mas achei que era muito tempo para uma primeira

experiência. Queria saber como ela se sentiria e se comportaria tão longe de casa, antes de tentar uma estada mais prolongada. Concordamos, então, que ela faria o Young Winter da Canadá Intercâmbio – ABC, durante o mês de janeiro deste ano”, conta Elenilde.

Gabrielle, filha de Eliane, também aproveitou as férias escolares em meados do ano passado, para fazer o Young Summer, que durou um mês, na cidade de Vancouver, com o objetivo de aprimorar o inglês.
A consultora em intercâmbio Sandra ressalta que “assim, tanto pais quanto filhos podem sentir como as coisas acontecem na prática e ficam melhor preparados para serem bem-sucedidos numa posterior experiência mais longa, como por exemplo a de high school ou graduação.

4 – Pesquise sobre o país de destino e converse com outras pessoas que já passaram pela experiência.

As decisões que envolvem um intercâmbio não podem ser feitas por impulso. Por isso, é preciso começar a pesquisar antes, com meses de antecedência. “Informe-se sobre o país e a localidade em que seu filho quer ficar e converse com outros pais e também com adolescentes e jovens que passaram pela experiência”, recomenda Sandra Gabrielli.

Seguindo a tendência detectada pela Pesquisa Selo Belta, que indica que o Canadá é o principal destino da grande maioria dos intercambistas brasileiros, Elenilde convenceu a filha Caroline a optar por esse país. “Sempre gostei do Canadá. É um país lindo, seguro, que recebe bem os turistas e imigrantes e com um povo muito educado e receptivo. Quando comecei a procurar as agências, já selecionei aquelas que tivessem foco específico nesse país”, ela diz.

“Pesquisamos na internet, participamos de uma feira de intercâmbio e entramos em contato com várias agências, antes de tomar uma decisão, buscando aquela que nos passasse maior segurança e oferecesse o melhor custo-benefício”, conta Eliane. “Como tenho dois sobrinhos que fizeram intercâmbio de seis meses e de um ano no Canadá, isso também serviu de referência para nossa escolha”. E acrescenta: “aqui onde moramos, em São Caetano – São Paulo, eu entrava em pânico só de imaginar em deixar que ela pegasse um ônibus sem a nossa companhia. No Canadá, ela podia ir da casa para a escola e voltar sozinha, com total segurança”.

5 – Conheça e converse com as pessoas que vão cuidar do bem-estar de seu filho.

“Como mãe ou pai, você quer ter a certeza de que as pessoas que vão cuidar de seu filho merecem sua confiança e credibilidade”, ressalta a consultora Sandra.
Por isso, é importante conversar pessoalmente com os organizadores da viagem e voltar a contatá-los sempre que surgirem novas dúvidas ou forem necessárias informações adicionais.

Esse atendimento inicial já será uma amostra de como a agência irá atendê-lo e a seu filho, quando ele estiver fora do Brasil.
“Antes de fechar negócio, gosto de conversar com as pessoas e de seguir meu feeling. Então, visitei pessoalmente diversas agências, tanto da região da

Baixada Santista, onde eu moro, como de outras, até me decidir”, diz Elenilde. ”Meus filhos são o meu maior tesouro, por isso nem me preocupei com custo, mas com quem me transmitisse credibilidade”.
Sandra afirma ainda que é importante que a agência forneça ao cliente um material com dados e observações relevantes, que complementem as informações constantes do site da empresa.

“Com toda a orientação e suporte que tivemos da Canadá Intercâmbio ABC, tudo transcorreu de forma tranquila e organizada”, afirma Eliane.

6 – Informe-se sobre a estrutura de atendimento disponível no exterior.

“Os pais devem optar por agências que tenham escritórios próprios no país e na localidade em que seus filhos vão ficar. Isso garante que eles possam contar com um atendimento pessoal em caso de necessidade ou urgência, como uma emergência médica, por exemplo”, diz Sandra.

“São poucas as agências que contam com essas instalações próprias e bem estruturadas no exterior, que são essenciais para orientar os intercambistas e resolver com rapidez e eficiência problemas relacionados à acomodação, programa acadêmico, hábitos culturais, etc., tanto na recepção como durante todo o período do intercâmbio”, ela adverte.

7 – Conheça a host family.

Normalmente, o adolescente ou jovem fica hospedado em casa de família (homestay).
“É preciso que ele esteja preparado para vivenciar uma cultura diferente. A escolha da família que fará a hospedagem é parte importante do intercâmbio. Para isso, a agência precisa levar em consideração as solicitações e o perfil do intercambista e as condições de segurança da casa”.

Sandra ressalta ainda que a qualidade do sistema de homestay só é garantida se a agência selecionar, gerenciar e monitorar diretamente as residências e famílias que fazem a hospedagem.
“Recebemos um relatório sobre a host family (família que faz a hospedagem), com foto, telefone, etc. e pudemos conversar pelo Whatsapp e Facebook”, conta Elenilde.

Eliane, mãe da Gabrielle, mandou e-mail e conversou com a mãe da família que iria hospedá-la. “Antes da viagem, eu já sabia quem eles eram, o que faziam e como era a rotina deles no dia a dia”.

8 – Conheça as qualificações e a reputação da escola em que seu filho vai estudar.

“É fundamental que os pais verifiquem se a agência contratada seleciona e monitora diretamente as escolas onde seus filhos vão estudar, com base num padrão de qualidade definido. E mais, se ela acompanha de perto o desenvolvimento e o progresso do aluno no transcorrer de todo o curso e não apenas no final”, ensina a consultora em intercâmbio Sandra.

Elenilde e Eliane garantem que as filhas adoraram o curso, a escola e os professores.

“A Gabriele melhorou muito no domínio do inglês. Na primeira semana, a escola já aplicou uma avaliação e a ela conseguiu avançar para um nível mais alto do que havia alcançado no teste antes da viagem”, conta Eliane.

9 – Use as tecnologias disponíveis para fazer contato, mas não exagere.

É preciso que os pais lembrem-se que seu filho tem uma agenda a cumprir lá no exterior e, por isso, nem sempre estará disponível para responder seus chamados a qualquer hora.
O melhor é combinar, antecipadamente, a frequência e os horários de contato. “Falava com a Caroline pelo Whatsapp quase todos os dias. Mas muitas vezes ela estava tão empolgada com as atividades de estudo e passeios que nem tinha tempo para conversar”, conta Elenilde.

10 – Prepare-se para receber seu filho na volta.

Segundo Sandra Gabrielli, o que normalmente acontece é que, na volta, o adolescente ou jovem mostra-se mais independente, responsável e colaborativo. “Acostume-se com esse novo perfil e incentive-o a manter as qualidades positivas que conquistou”, ela aconselha.

“A Gabrielle voltou ainda mais amadurecida e focada”, garante Eliane. “O intercâmbio contribuiu para ela ter certeza do que quer: estudar no exterior, ‘abraçar o mundo’.” Tanto que ela já estará partindo de novo para o Canadá, no final de junho, desta vez para fazer um curso de francês, em Montreal.

“Na verdade, já estou achando que 30 dias é pouco tempo para que eles possam conhecer e fazer tudo o que querem”, diz Elenilde, a mãe que inicialmente se preocupou em permitir que a filha Caroline fizesse um intercâmbio mais longo, mas que agora já admite a possibilidade de que, futuramente, ela faça pós-graduação no Canadá.